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ARTROSCOPIA E CIRURGIA ARTROSCÓPICA DO OMBRO

 

artroscopia do ombro

O diagnóstico da dor do ombro, sempre tem sido problemático.

O exame clínico, radiográfico, ecográfico e a ressonância magnética nem sempre proporciona informações suficientes para um diagnóstico de certeza.

A possibilidade de visualizar o interior do ombro, veio aumentar significativamente o nosso conhecimento da patologia e dos mecanismos patológicos da articulação.

No entanto e nesta ocasião, importa fazer uma advertência e um esclarecimento muito importantes, pois que a artroscopia e a cirurgia artroscópica do ombro, não são compatíveis de modo algum com principiantes, por melhor boa vontade que tenham.

Para se iniciar no envolvimento artroscópico do ombro, há necessidade de se ter razoável treino em todos os aspectos da cirurgia artroscópica do joelho. Esta é uma verdade universal que quem se dedica à artroscopia conhece perfeitamente e respeita.

No ombro, todo o cuidado no diagnóstico e compreensão da patologia visará primordialmente uma orientação terapêutica. Esta surgirá necessariamente do diagnóstico em definitivo, sustentada por um protocolo de carácter conservador ou por uma terapêutica de carácter cirúrgico. Em boa verdade, com grande frequência completam-se.

A artroscopia do ombro tem como indicações major, para além da dor do ombro sem causa aparente e rebelde à terapêutica conservadora, as roturas do labrum glenoideu, as pequenas roturas da coifa dos rotadores, as roturas intersticiais da longa porção do bicípite, os corpos livres, o ombro congelado e o conflito sub-acromial. Não tão frequentemente como nas situações precedentes, há ainda indicação na condromatose sinovial, na artrite reumatóide, na osteoartrite e na sinovite vilonodular pigmentada. Finalmente para um reduzido número de doentes bem seleccionados, a luxação recidivante e a instabilidade gleno-umeral anterior, têm vindo a ser corrigidas com sucesso pela cirurgia artroscópica.

Tal como para o joelho também a artroscopia do ombro pode ser praticada em ambiente de cirurgia de dia, reduzindo-se assim bastante os custos e o afastamento do ambiente familiar.

No entanto, o procedimento implica ser feito sob anestesia geral, embora em casos muito particulares possa ser utilizada a local.

Em termos técnicos basicamente utiliza-se o mesmo instrumental do joelho, em especial, o sistema de captação de imagem e a aparelhagem motorizada, (shaver) que nesta articulação é absolutamente indispensável.

Como se depreenderá a sequência técnica do procedimento não se descreve, mas importa frisar que requer muito treino e conhecimento da anatomia artroscópica do ombro.

Com a artroscopia a agressão cirúrgica é mínima e assim o pós-operatório fácil de suportar pelo doente. Na generalidade das situações a reabilitação inicia-se nas 12 horas seguintes e o tempo de recuperação com retoma das actividades laborais ou desportivas, muito breve.