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TRATAMENTO MÉDICO DA ARTROSE DO JOELHO

 

tratamento médico

É despropositada a ideia ainda muito enraizada, de que para artrose e para o sofrimento álgico que lhe está associado, já que sendo uma consequência inevitável do nosso envelhecimento, nada há a fazer para além de se ter que suportar a dor e assistir á gradual deformação articular.

É verdade que não ainda não existem tratamentos médicos que permitem parar ou inverter em definitivo um processo de artrose. No entanto e embora não haja “ tratamento para curar a artrose “, a adequada elaboração para cada doente, de um protocolo terapêutico, permite-nos hoje prevenir ou mesmo corrigir, alterações da troficidade e da morfologia articulares e consequentemente aliviar os sintomas, bem como prolongar no tempo a capacidade funcional e logo, a qualidade de vida.

A instituição de um protocolo terapêutico, com a inclusão de exercício físico regular, controlo de peso e de atitudes posturais, balneoterapia, hidroterapia, ergonomia, fisioterapia, medicamentos e cirurgia, deverá ser sempre adaptado a cada caso particular e tendo em consideração a gravidade da situação, o número de articulações afectadas, a natureza dos sintomas, a idade, a ocupação, as actividades diárias e a “alegria de viver do doente“. A informação adequada dos doentes, é também e por si só, uma condição indispensável para o sucesso de qualquer programa terapêutico.

Exercício físico

Um programa de exercício físico diário é fundamental no controlo da evolução da artrose. No entanto o programa de exercícios deve ser sempre adaptado a cada doente. Sem ele, as articulações tendem a ficar mais dolorosas e rígidas, os ossos menos flexíveis e menos resistentes, os músculos mais debilitados.

A prática diária de 10 minutos de bicicleta estática, em regímen de “roda livre“, proporciona benefício consistente na artrose do joelho. A marcha em piscina de água tépida, com flutuador, idem. A marcha “compulsiva“ de rua ou mesmo na passadeira de ginásio, hoje tão generalizada, está formalmente contra-indicada nos doentes com lesões degenerativas nas articulações dos membros inferiores. Por vezes, os receios e dificuldades de alguns doentes em se envolverem com um programa de exercício físico, podem justificar o recurso a um centro de recuperação, para o seu suporte e ensino.

Medicamentos

Actualmente dispomos de uma razoável variedade de medicamentos capazes de aliviar os sintomas da artrose e de melhorar a qualidade trófica da cartilagem.

Os analgésicos simples como o paracetamol, são na grande maioria dos casos, suficientes para garantir um alívio eficaz da dor e são geralmente muito bem tolerados. Os anti-inflamatórios, como o ibuprofeno e o diclofenac, são por vezes necessários, apesar de poderem acarretar alguns riscos secundários maiores do que os analgésicos, em particular para o estômago. Ajudam a controlar a dor, a rigidez e o inchaço das articulações. Alguns dos anti-inflamatórios disponíveis em Portugal, ditos de acção mais prolongada, como o cetoprofeno, têm a capacidade de manter as articulações livres de compromisso álgico de forma mais alongada no tempo. Os derivados da cortisona, administrados por via geral (oral) estão formalmente contra-indicados na terapêutica da artrose do joelho. Contudo, a injecção de alguns destes produtos (efectuada exclusivamente por um médico especialista) em estruturas dolorosas na vizinhança, que não no interior do joelho, pode ser extremamente eficaz na melhoria da dor e mesmo da rigidez articular.

Complementarmente a utilização de medicação com função de condromodulação, quer por ingestão oral, como o sulfato de glucosamina na dose diária de 1,500 gramas ou o sulfato de condroitina na dose diária de 500 miligramas, quer por administração intrarticular - viscosuplementação - com o hialuronato de sódio, na dose de uma sessão semanal, pode melhorar com significado a sintomatologia e até mesmo recuperar, algumas áreas com doença da cartilagem e da membrana sinovial.