TRATAMENTO DA INSTABILIDADE ROTULIANA
Não existe uma terapêutica específica para cada uma das várias formas de instabilidade, mas existem sim vários procedimentos que são realizados tanto sobre a estrutura óssea (tíbia e/ou fémur), como sobre os tecidos moles, em conjunto ou isoladamente.
Dado que esta patologia se apresenta em jovens em fase de crescimento, o tratamento conservador é sempre a primeira escolha, independentemente do grau de instabilidade. Este deverá concentrar-se no fortalecimento do vasto interno (componente interno do quadricipete), alongamento das estruturas posteriores (ísquio-tibiais), assim como evitar actividades que forcem a rotação externa da perna associada a flexão do joelho.
Se o tratamento conservador não logra reverter ou melhorar o processo, terá então que se ponderar a indicação da cirurgia. Na maioria dos casos, o tratamento cirúrgico está reservado para os casos de instabilidade rotuliana objectiva, mas em principio apenas a ser efectuado depois da fase final de crescimento.
Um dos procedimentos cirúrgicos mais comuns é a “ medialização “ da tuberosidade anterior tíbia (TAT) e que é o procedimento considerado mais eficaz. Está indicado para correcção das situações com o ângulo Q acentuado e quando a TAT está muito lateralizada (TAGT elevada).
A “ plastia do vasto interno ” trata-se de um procedimento em que se procede a uma re-inserção mais distal deste músculo no bordo interno da rótula.
A “ plastia de rebaixamento da rótula ” é utilizada quando o índice de altura da rótula for superior a 1,2 pelo método de Caton-Deschamps. Ao realizar este procedimento deve sempre tentar atingir-se um índice de altura igual a 1 ( AT/AP = 1 ).
A “ trocleoplastia ” é um procedimento com indicações precisas e reservada para as displasias “ major ” da tróclea. Consiste numa osteotomia supero-externa da tróclea femural, com aplicação de enxerto ósseo esponjoso para elevar o condilo femural externo.
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