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CIRURGIA ARTROSCÓPICA DE REPARAÇÃO DA CARTILAGEM DO JOELHO

 

Figura 1

Com o intuito de salvar o património cartilagíneo do joelho, há a necessidade frequente de se promover um tratamento cirúrgico das lesões mais iniciais de doença da cartilagem, mesmo que estas se apresentem com envolvimento de áreas expressivas da superfície articular.

Para o tratamento cirúrgico das lesões do tipo fibrilação, fissuração superficial e mesmo de fractura, realiza-se uma técnica designada por condroplastia artroscópica, que é sem dúvida a solução mais adequada no momento presente, pelos resultados clínicos e funcionais francamente favoráveis que apresenta, permitindo a retoma da função, normalmente entre as quatro e as seis semanas.

Já para o tratamento cirúrgico das fases mais avançados de doença da cartilagem do joelho, com lesões do tipo fissuração profunda até ao osso subjacente e ou descolamento completo do mesmo, com perdas expressivas de cartilagem, procede-se a uma técnica semelhante mas mais envolvente e designada por esponjialização artroscópica (abrasão artroplástica), com ou sem microfractura.

Este procedimento tem o intuito de retirar toda a massa irrecuperável de cartilagem, bem como limpar - esponjializar - o osso subjacente desvitalizado, de modo a criar condição para o desenvolvimento a partir deste e na dependência de células particulares (células indiferenciadas), de um tecido cicatricial de revestimento, a fibrocartilagem.

Normalmente e a partir das doze semanas de pós-operatório, esta fibrocartilagem apesar de não ter a qualidade plástica da cartilagem, permite o deslizamento das superfícies articulares de modo suave durante o movimento e a carga, com bastante efectividade.

Ambos os procedimentos são levados a efeito em ambiente de cirurgia de ambulatório (cirurgia de dia).