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ARTROPLASTIA DO JOELHO

 

protese do joelho

Um dos avanços mais notáveis da cirurgia ortopédica para o tratamento da artrose grave do joelho

A artrose do joelho é na actualidade, uma das doenças mais frequentes na espécie humana e um dos principais factores de incapacidade física do indivíduo mais idoso.

Num joelho normal, os topos dos ossos que o compõem, estão cobertos por um tecido elástico esbranquiçado, a cartilagem, que permite o deslizamento suave destes e que actua como uma almofada, absorvendo o seu impacto durante o movimento.

As extremidades ósseas do joelho são mantidas constantemente na sua posição relativa, por ligamentos e tendões, que lhe permitem apenas os movimentos normais. Para além destas estruturas, os músculos são também determinantes para a manutenção da estabilidade da articulação, sendo esta por sua vez reforçada por uma cápsula fibrosa, no interior da qual uma pequena quantidade de líquido actua como lubrificante e alimenta a sua cartilagem.

Na artrose do joelho, começa por ocorrer uma deterioração da cartilagem articular, que perde a sua elasticidade e regularidade, o que lhe diminui a sua eficácia e contribui para a sua destruição adicional com o uso e os traumatismos da vida diária. Com o tempo, uma boa parte da cartilagem pode desaparecer completamente.

Numa fase final da doença associa-se ao compromisso da cartilagem, uma maior ou menor perda da morfologia e da qualidade das estruturas ósseas adjacentes, bem como dos tecidos moles periféricos e o doente deixa de conseguir mobilizar o seu joelho em toda a sua amplitude. A dor e a deformação associadas, obrigam-no a coxear quase que permanentemente e a função fica francamente comprometida.

O objectivo da cirurgia, no tratamento dos casos mais avançados e invalidantes de artrose do joelho, fig. 1, é o de restabelecer a forma da articulação, devolver-lhe a estabilidade e a mobilidade e ainda suprimir ao máximo a dor.

A substituição das superfícies articulares deterioradas, por implantes artificiais, é designada por artroplastia.

Para a realização da artroplastia do joelho, - aplicação de uma prótese - o cirurgião ortopédico procede à remoção total das superfícies deterioradas, bem como das estruturas periféricas comprometidas. Depois e após uma preparação adequada da extremidade distal do fémur e proximal da tíbia, fixa no primeiro, um componente metálico constituído por uma superfície convexa e no segundo um componente metálico plano. A separar estes dois componentes metálicos intercala um componente em polietileno, que irá permitir o deslizamento suave entre as duas estruturas em liga metálica. fig. 2 . Algumas vezes em complemento ao exposto, há necessidade de se substituir também a superfície articular da rótula, com a fixação nesta de um componente em polietileno.

Esta fixação do implante às extremidades ósseas, faz-se consoante o tipo de doente e consequentemente de prótese e é levada a efeito com um cimento apropriado. Em termos médios esta interface (osso / cimento) irá manter-se em adequado estado de efectividade e dependente principalmente da qualidade trófica da massa óssea, durante um período de 10 anos.

Da adequada implantação e congruência destes três componentes, ou eventualmente quatro, passa a depender a restauração da morfologia, da mobilidade e da função do joelho.

Para a realização desta intervenção e decorrente de uma apurada técnica cirúrgica e dos materiais utilizados, o doente necessita apenas manter-se internado na unidade clínica durante um curto período, que é de quatro dias em média. Na ocasião da alta a sua deambulação apesar de ser efectuada com apoio a muletas é efectiva e desenvolve-se já com algum significado.

Todo o programa de recuperação e readaptação funcional subsequente, é sempre efectuado normalmente em casa ou a partir de casa e a colaboração e a “ alegria de viver “ do doente são decisivas. A retoma da actividade normal do doente, acontece entre os 2 e os 3 meses.