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ROTURA DO TENDÃO ROTULIANO

 

tendão rotuliano

O tendão rotuliano é o segmento mais distal do tendão conjunto do músculo quadricípete femoral (músculo da face anterior da coxa) que se insere sobre a rótula e sobre a tuberosidade anterior da tíbia.

Este tendão é fortemente solicitado já que é o quadricípete femoral que permite a extensão da perna sobre a coxa e a flexão da coxa sobre a bacia.

A rotura deste tendão envolve habitualmente indivíduos na quarta década de vida.

São factores favorecedores da rotura do quadricípete, microtraumatismos de repetição (excesso de treino nos atletas) ocorridos num passado recente. Outras causas de carácter geral predisponentes para a rotura, são a gota e algumas formas de reumatismo.

Existem ainda determinadas terapêuticas de carácter sistémico, que podem levar à fragilidade e consequente rotura do tendão, tais como as que utilizam antibióticos da família da fluoroquinolona (ofloxacina, ciprofloxacina).

No entanto a causa mais frequente e grave para esta lesão, em particular nos atletas, decorre do tratamento local do “joelho do saltador“ com um corticoide (infiltração) que compromete o colagéneo do tendão e assim fragiliza o mesmo.

Esta é uma situação que surge frequentemente em desportistas das modalidades de futebol, andebol, voleibol ou basquetebol. Paralelamente mas com menos frequência, no desempenho de várias actividades laborais.

O episódio desencadeante de uma rotura pode surgir após um traumatismo indirecto habitualmente sem significado, tal como o “falhar um degrau“ ao subir uma escada.

A rotura do tendão rotuliano quando acontece, apresenta-se de modo súbdito, com dor violenta, intensa e completamente limitativa.

Clinicamente a tradução da rotura é evidenciada pela perda da extensão do joelho, que é impossível, verificando-se na palpação da face anterior do joelho, uma zona de depressão abaixo do pólo distal da rótula, que adquire um posicionamento mais alto e que aumenta com a tentativa de contracção do quadricípete.

A impotência funcional é completa.

O estudo radiológico de perfil dos dois joelhos é definitivo para confirmar a rotura e avaliar comparativamente o posicionamento da rótula no joelho íntegro.