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OSTEONECROSE DO JOELHO

 

osteonecrose do joelho

A osteonecrose é a designação da uma patologia histologicamente caracterizada pela necrose ( morte do tecido ósseo ) de determinada área óssea intra-articular no joelho. Na sua origem estão por certo alterações da irrigação sanguínea da massa óssea. A sua manifestação a nível do joelho, está presente em 10% dos casos totais da doença.

São aceites duas formas etiológicas, na manifestação da osteonecrose do joelho: a osteonecrose espontânea idiopática do joelho, situação em que não é identificada a causa e a osteonecrose secundária do joelho, onde é possível identificar alguns dos factores promotores da doença.

Recentemente, há algumas indicações que apontam como causa da osteonecrose idiopática, os microtraumatismos impostos a um joelho osteoporótico.

Na osteonecrose secundária, apesar de não se comprovar uma causa, são identificados os factores de risco como, a corticoterapia ( factor mais significativo ), o alcoolismo crónico, as doenças auto-imunes ( lúpus eritematoso sistémico ), a doença de Gaucher, a  drepanocitose.

No caso da osteonecrose espontânea do joelho, esta atinge maioritariamente mulheres com mais de 60 anos, com patologia osteoporótica associada. Geralmente manifesta-se apenas numa superfície articular do joelho ( frequentemente o condilo ou o prato tibial internos ) e unilateralmente.

A sintomatologia é dominada pela dor difusa no joelho, que geralmente surge subitamente durante o esforço em carga ( caminhada, subir ou descer escadas ), ou por vezes, durante o repouso nocturno.

Quanto à sintomatologia na osteonecrose secundária, a dor no joelho surge insidiosamente, com agravamento progressivo, simulando muitas vezes processo degenerativo – artrose.

Assim, é uma patologia que obriga a uma rigorosa avaliação clínica, analítica e imagiológica, para afastar outro tipo de patologias com manifestação no joelho, nomeadamente a artrose, a osteocondrite dissecante, a rotura meniscal, a doença da cartilagem, a contusão óssea pós-traumática, a osteopenia transitória do joelho.

A avaliação imagiológica faz-se inicialmente com a radiografia dos dois joelhos e eventualmente com a Tomografia Computorizada, a Ressonância Magnética ou mesmo com a cintigrafia óssea.

O tratamento, numa fase inicial, poderá ser apenas de carácter conservador, mas nos casos de extensa necrose óssea, há a necessidade muito frequente de se ter que levar a efeito, um tratamento cirúrgico artroscópico.

O prognóstico é tanto melhor quanto menor for a extensão da área de doença, já que a necrose da massa óssea, arrasta consigo a cartilagem que lhe está adjacente.