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LESÕES AGUDAS DO LIGAMENTO COLATERAL INTERNO DO JOELHO

 

lesão do ligamento colateral interno do joelho

O Ligamento Colateral Interno do joelho, é um complexo ligamentar que promove a estabilização passiva da região interna do joelho.

Anatómicamente é formado por três feixes, o profundo, o superficial e o oblíquo, que fornecem fundamentalmente uma estabilização estática. Estes três feixes inserem-se proximalmente desde o condilo femural medial e distalmente na face interna da tíbia, 7 a 10 cm abaixo da linha articular.

É o ligamento mais frequentemente lesado, na traumatologia do joelho e geralmente motivado por mecanismos de força em valgo, quando o joelho está parcialmente flectido, combinado ou não com um movimento de rotação interna.

Frequentemente e na dependência da energia dos traumatismos, associa-se a outras lesões como a do ligamento cruzado anterior, a do menisco interno e a da cartilagem da rótula e da tróclea, que devem ser avaliadas.

As lesões agudas do Ligamento Colateral Interno têm e consoante o compromisso de integridade das suas estruturas, uma classificação que é feita em três graus e a saber: grau I correspondente a um simples estiramento das estruturas e sem perda da sua efectividade, grau II correspondente a uma rotura parcial das mesmas, com perda parcial da sua função e grau III correspondente a uma rotura total, com a consequente perda completa da sua função de restrição passiva.

Clinicamente está sempre presente uma dor localizada na face interna do joelho, bem como na palpação da mesma zona e evidencia-se em associação, edema e ou equimose mais ou menos extensa nesse local. A impotência funcional por vezes com bastante significado, é sempre uma constante nas primeiras setenta e duas horas.

Para avaliar o nível de instabilidade para os graus II ou III, o teste de sobrecarga aos 30º de flexão do joelho, é o que nos disponibiliza a melhor informação, para a definição diagnóstica. (é importante comparar com o joelho contra-lateral).

O exame imagiológico que nos define com maior rigor o envolvimento destas estruturas, é a ressonância magnética.

Nas lesões de graus I e II, está indicado um simples protocolo terapêutico de carácter conservador, que compreende: repouso, crioterapia, elevação do membro nas primeiras 72 horas e mobilização activa até limiar de dor (com muletas se necessário). Para alívio da sintomatologia álgica, a toma de um analgésico ou de anti-inflamatório.

Nas lesões de grau III, é obrigatória uma avaliação cuidada de todo o joelho, para despiste de lesões associadas e subsequente decisão terapêutica, que poderá incluir o tratamento cirúrgico, para uma reconstrução capsulo-ligamentar.