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A incidência das fracturas da anca está a sofrer mudança por todo o mundo

 

15/05/2011
fractura da anca


o aumento da esperança de vida na zona asiática, em associação a perda de actividade física e a insuficiência da dose diária de vitamina D das suas populações, pode estar na origem das elevadas taxas referidas, tal como esteve nos anos 80, na área dita de vida de estilo ocidental ”. (Francisco Santos Silva)

Coimbra, 15 de Maio – A incidência mundial da fractura da anca está estimado atingir no ano 2050, os 6.3 milhões de homens e mulheres e assumindo sempre uma constante taxa relacionada com a idade.

De acordo com um recente press release da Fundação Internacional da Osteoporose, a taxa da fractura da anca relacionada com a idade, tem vindo a altera-se por todo o mundo nos últimos anos, com decréscimos pronunciados em alguns países ou regiões e aumentos noutros.

A este propósito Cyrus Cooper responsável por uma análise da informação mundial disponível sobre esta matéria, dá-nos nota de que nas populações da América do Norte, da Europa e da Oceânia, até por volta de 1980 houve um claro aumento das taxas de fractura da anca, mas tendo a partir daí e nas décadas seguintes, passado numas a manterem-se estabilizadas e noutras a sofrerem baixas com significado, sem em principio haver clara justificação para esse facto.

Em contraste, a sugestão retirada da análise efectuada à reduzida informação disponível como é óbvio, para a região da Ásia, revelou-se como tendo havido e até ao presente, um constante aumento com significado das taxas de compromisso fracturário da anca.

Para estes dois aspectos tão opostos, conclui o responsável anteriormente referido, de que há actualmente a necessidade de se levarem a efeito estudos epidemiológicos complementares, de modo a tirarem-se conclusões práticas que nos permitam ficar a saber as razões do decréscimo numas zonas e do aumento noutras, para que haja a possibilidade de correcção das diferenças nas taxas destas fracturas, que sabemos serem dependentes da osteoporose.

Comentando o teor do press release, Francisco Santos Silva lembra que o aumento da esperança de vida na zona asiática, em associação a perda de actividade física e a insuficiência da dose diária de vitamina D das suas populações, pode estar na origem das elevadas taxas referidas, tal como esteve nos anos 80, na área dita de vida de estilo ocidental.