O tempo operatório para uma prótese do joelho, num doente obeso é bastante maior que no doente normal
18/04/2011
“num futuro muito próximo passe a haver a necessidade de se impor um programa de reeducação alimentar, por forma a reduzir o desvio ponderal destes doentes obesos, utilizando para o efeito o longo período em que aguardam na lista de espera”. Francisco Santos Silva
Coimbra, Abril 2011- O tempo cirúrgico para a efectivação de uma prótese do joelho num doente obeso é francamente superior ao de um doente com peso enquadrado na normalidade.
Esta conclusão foi recentemente apresentada por Geoffrey Westrich, em São Diego USA, durante a reunião anual da AAOS.
Este aspecto é de relevante importância segundo aquele cirurgião, pois que os blocos operatórios nestes casos, sofrem uma significativa redução na sua capacidade de efectivação de cirurgias, já que e de acordo com o estudo em causa, o aumento médio avaliado de 20% para cada doente deste tipo, provoca uma perda de duas horas por dia a cada sala operatória.
Para além disso os custos afectos a cada cirurgia com: o pessoal médico, de enfermagem e auxiliar, bem como os custos anestésicos e outros, acabam por aumentar significativamente a factura final.
Finalizando a sua análise, os investigadores propõem que neste e até noutros tipos de cirurgias, as administrações dos hospitais passem a ter em atenção não só o tipo e a complexidade da cirurgia, mas também o índice de massa corporal do doente.
Comentado o articulado, Francisco Santos Silva cirurgião com experiencia confirmada nesta área, acrescenta que para além do aspecto económico subjacente, acresce um outro bem mais importante e preocupante, que se foca no facto de nestes doentes a exposição cirúrgica ser enorme e consequentemente haver maior risco de complicações, tais como: embolia pulmonar, trombose venosa profunda, infecção.
Assim prevê e até propõe que “ num futuro muito próximo passe a haver a necessidade de se impor um programa de reeducação alimentar, por forma a reduzir o desvio ponderal destes doentes obesos, utilizando para o efeito o longo período em que aguardam na lista de espera”.
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