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Os acidentes rodoviários parecem ser uma causa importante de dor crónica

 

13/04/2011
acidente rodoviário

a cronicidade álgica manifestada por estes sinistrados, com bastante frequência tem por sustentáculo unicamente interesses indemnizatórios”  Francisco Santos Silva, Dr.

Coimbra, Abril 2011 – os indivíduos que sobrevivem na sequência de um acidente rodoviário parece passarem a manifestar dores crónicas generalizadas com muito maior expressão do que outros que sofreram um acidente de qualquer outro género.

Esta é uma recente conclusão de um grupo de investigação da universidade de Aberdeen, que analisou os dados clínicos registados durante um período de quatro anos, de 2.069 indivíduos que sofreram um acidente de tráfego, de trabalho, ocasional, ou mesmo um internamento hospitalar.

Neste grupo heterogéneo de sinistrados, 12 por cento do total passaram a reportar um quadro crónico de dores generalizadas, entendendo-se por cronicidade, um período de três ou mais meses consecutivos com manutenção de dores acima ou abaixo da cintura, ou até mesmo em ambas as zonas do corpo.

Do conjunto destes, 84% enquadravam-se como tendo sofrido um acidente rodoviário.

Para Gareth Jones o responsável por esta avaliação, esta elevada taxa associada aos sinistros de tráfico, poderá estar na dependência de factores de carácter psicológico subjacentes.

Este autor faz referência ainda ao facto de todo este compromisso de algias crónicas, ser de difícil resolução quer por parte dos doentes, como por parte dos serviços de saúde.

Comentando este estudo, Francisco Santos Silva não desvaloriza a importância de factores de índole psíquica que possam ter sido activados na ocasião do acidente, no entanto e com base na sua experiência nesta área de traumatologia, acrescenta “a cronicidade álgica manifestada por estes sinistrados, com bastante frequência tem por sustentáculo unicamente interesses indemnizatórios”