Genulândia - "Vivam os Joelhos"
 Página Principal > Magazine > A depressão parece agravar a sintomatologia da artrose do joelho nos doentes idosos
A depressão parece agravar a sintomatologia da artrose do joelho nos doentes idosos

 

07/04/2011
depressão e artrose

“apresentam uma dissociação clara entre a natureza degenerativa (ligeira) e a sintomatologia dolorosa (severa), especialmente no que diz respeito às suas necessidades de  natureza terapêutica no controlo da dor”. (Francisco Santos Silva)

Coimbra, Abril 2011 - A depressão pode estar na base do agravamento da sintomatologia da artrose do joelho nos indivíduos idosos, segundo a conclusão de um estudo recentemente publicado numa revista médica da especialidade (JBJS).

O referido estudo salienta ainda que nos indivíduos com artrose numa fase ligeira a moderada, há uma relação muito estreita entre a depressão e a sintomatologia clínica.

Os investigadores encontraram na análise efectuada a 660 doentes idosos nesta condição evolutiva, que a presença de um compromisso de tipo depressivo nestes doentes, estava consistentemente associado a um aumento no risco para um agravamento da sintomatologia a nível da sua artrose no joelho.

No entanto nos doentes com artrose em fases bastantes mais avançadas, a presença de doença depressiva não apresentou qualquer associação a um aumento na sintomatologia.

Da conclusão deste estudo, fica-se com a indicação de que a depressão pode ter uma importância acrescida no modo como os doentes assumem a sintomatologia álgica dos seus joelhos e valorizando-a devidamente.

Neste contexto os autores sugerem que médicos quando confrontados com doentes nestas circunstâncias, devam considerar o seu tratamento com um enquadramento nas duas vertentes, que não só na de natureza ortopédica.

Comentando os resultados deste trabalho, Francisco Santos Silva acrescenta que e de acordo com a sua experiência, “ é precisamente neste tipo de doentes, em particular do sexo feminino, que temos mais dificuldade em lhes fazer aceitar, que apresentam uma dissociação clara entre a natureza degenerativa (ligeira) e a sintomatologia dolorosa (severa), especialmente no que diz respeito às suas necessidades de natureza terapêutica no controlo da dor”.