Coimbra, Março 2011 - Investigação recente na Universidade da Carolina do Norte, sugere que níveis sanguíneos elevados de chumbo podem muito bem ser enquadrados como um novo factor de risco para a artrose do joelho.

É mais que sabido que a artrose é uma doença muito frequente na população e que nela estão bem identificados alguns factores de risco como: a idade, o sexo, a obesidade, a carga genética, os quais tentamos modelar para reduzir o processo evolutivo da doença.

É também sabido que o chumbo lesa o osso, pelo que com alguma verdade poderá também comprometer a cartilagem das articulações, mesmo dos indivíduos sem artrose.

Nesta investigação chegou-se à conclusão de que por cada aumento unitário das taxas sanguíneas de chumbo, a probabilidade de um indivíduo apresentar alterações radiográficas de artrose aumenta em 32%, enquanto a probabilidade para apresentar artrose sintomática sobe em 16%.

Em termos de alerta os autores deste estudo concluem: “ um aumento na prevalência e na severidade da artrose, em termos radiológicos e sintomáticos, foi observado em doentes com aumento dos valores sanguíneos da taxa de chumbo, pelo que há a forte suspeição de que este metal é potencialmente, um novo factor de risco”.               

Comentando o estudo, Francisco Santos Silva adverte que “ há necessidade de se levar a efeito uma avaliação bem sedimentada e em larga escala, antes de se poderem aceitar definitivamente conclusões deste tipo. No entanto é possível que haja um efeito tóxico do chumbo para a cartilagem e que por isso devamos ficar alerta ”.