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Sindroma do túnel cárpico uma das doenças que mais incapacita a mulher portuguesa

 

05/03/2011
tunel crapico

Francisco Santos Silva um dos pioneiros da cirurgia ortopédica minimamente invasiva, afirma-nos ser inadmissível que uma doente seja obrigada a ter que esperar durante oito meses em termos médios, para realizar uma cirurgia para o túnel cárpico quando proposta num hospital público.

Coimbra, Março de 2011 – É com bastante frequência que se ouve falar, pelo sofrimento que provoca em particular nas mulheres, no Sindroma do Túnel Cárpico. Diga-se desde já que é uma designação que a nossa população conhece pelo nome, mas que não sabe bem do que se trata.

Para melhor esclarecer o público do significado desta afecção e numa linguagem vulgar, pode dizer-se ser uma doença no nervo mediano, provocada por uma compressão sistemática do mesmo, no seu segmento correspondente à face anterior do punho, num túnel designado de cárpico. 

Em termos clínicos as queixas mais frequentes associadas a esta doença, são sem dúvida a dor no punho e mão, por vezes lembrando queimadura e ainda os formigueiros, o inchaço e a perda da sensibilidade (dedos surdos) que envolvem o polegar, o indicador, o médio e parte do anelar. Todas estas queixas agravando-se durante o repouso nocturno e com frequência obrigando o doente a levantar-se, para mobilizar a mão e o punho e assim lograr algum alívio.

Salvo algumas excepções, é importante que se saiba que o seu tratamento é cirúrgico e que deve ser levado a efeito precocemente, de modo a que não se estabeleçam lesões neuropáticas definitivas, traduzidas por perturbações da sensibilidade e da motricidade.

Essa intervenção cirúrgica efectuada com uma simples anestesia local, necessita apenas de uma pequena incisão cutânea de aproximadamente dois centímetros e o doente tem alta quinze minutos após o procedimento, com a sua mão praticamente livre para continuar a desenvolver gestos simples da sua vida de relação. Aos quinze dias de pós-operatório tem capacidade funcional para retomar todas as suas actividades da vida de relação e também a generalidade das de carácter laboral.

Esta patologia que tanto afecta a nossa população feminina, em termos epidemiológicos parece estar a aumentar bastante nos últimos anos, muito provavelmente porque a possibilidade de se fazer o seu diagnóstico, também está mais acessível. São pois bem longas as listas de espera nos hospitais, para efectuar o seu tratamento cirúrgico.     

Francisco Santos Silva um dos pioneiros da cirurgia ortopédica minimamente invasiva, afirma-nos ser inadmissível que uma doente seja obrigada a ter que esperar durante oito meses em termos médios, para realizar uma cirurgia para o sindroma do túnel cárpico, quando proposta num hospital público.

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