“Há vários anos que efectuo nos jovens esta técnica, sempre em associação à esponjialização e os resultados têm sido muito bons, com um regresso a uma actividade normal, apesar de alguns terem tido necessidade de mudar para uma modalidade menos agressiva, quase que por minha imposição”. (Francisco Santos Silva)

A partir do momento em que a cirurgia artroscópica nos passou a dar a possibilidade de efectivação de diversos procedimentos cirúrgicos terapêuticos no interior do joelho, com o mínimo de invasão e agressividade para o doente, que se desenvolveu uma técnica de reparação da cartilagem designada por Microfractura.

Com esta técnica o cirurgião efectua no osso subjacente à cartilagem que se apresenta deteriorada ou fracturada, pequenos orifícios milimétricos, de modo a permitir que o sangue reflua desse osso com as suas células indiferenciadas de medula óssea e produza um novo tecido de cicatrização chamado fibrocartilagem, de adequada qualidade plástica e que recubra toda a área de lesão.

Os nossos jovens desportistas pela agressividade das suas práticas desportivas, são diariamente confrontados com lesões gravíssimas na cartilagem dos seus joelhos. Muitas de difícil solução. A cirurgia artroscópica de reparação da cartilagem articular, surge como a única solução.

Em recente press release, Richard Steadman conhecido ortopedista dos USA ligado à traumatologia do desporto, deu a conhecer os resultados da sua experiência com a microfractura no tratamento das lesões da cartilagem, em atletas jovens com menos de 18 anos e apresenta-a como uma excelente opção terapêutica, desde que o protocolo subsequente de recuperação funcional, seja devidamente respeitado pelo atleta.

Da análise do seu trabalho sobressai ainda o facto de que em todos os seus atletas, foi conseguida uma retoma de actividade desportiva, idêntica à que se apresentava anteriormente.

Francisco Santos Silva, corrobora com o expresso “há vários anos que efectuo nos jovens esta técnica, sempre em associação à esponjialização e os resultados têm sido muito bons, com um regresso a uma actividade normal, apesar de alguns terem tido necessidade de mudar para uma modalidade menos agressiva, quase que por minha imposição”.
 
Artroclinic (suplemento)