Genulândia - "Vivam os Joelhos"
 Página Principal > Magazine > A efectivação de um programa de reabilitação funcional no período de pré-operatório de uma prótese do joelho, melhora substancialmente a sua função final.
A efectivação de um programa de reabilitação funcional no período de pré-operatório de uma prótese do joelho, melhora substancialmente a sua função final.

 

01/03/2011
reabilitação protese joelho

“ é determinante que todos os doentes com significativas limitações funcionais e a operar para a implantação de uma prótese do joelho, façam sempre no seu domicilio e nas duas semanas prévias ao procedimento, um programa de recondicionamento de marcha e de mobilização articular, em associação a treino proprioceptivo e a cinesioterapia respiratória “ ( Francisco Santos Silva).

Coimbra, Março de 2011 - O cirurgião ortopédico é diariamente confrontado com doentes que se apresentam com significativa perda de função, motivada pela artrose do joelho e em particular aqueles com indicação formal para a implantação de uma prótese total.

A generalidade destes doentes que se apresentam nestas circunstâncias no período pré-operatório, normalmente após a realização da sua intervenção, têm bastante dificuldade na retoma da deambulação e da mobilização articular, não só pelo facto de passarem a dispor de uma articulação mecanicamente diferente, mas também por consistentemente apresentarem: receio de carga e de mobilização activa, limitação no controlo da dor, inadaptação ao novo tipo de marcha, perda de segurança com o uso de muletas, depressão pós cirúrgica, outros compromissos de saúde associados, falta de apoio no ambiente familiar.

Em muitos deles este comportamento dita o insucesso da cirurgia, com perda grave da capacidade funcional.

Com a natural intenção de poder reverter este bem conhecido status, Ann Swank da Universidade de Louisville, durante uma semana e no período de pré operatório para a implantação de uma prótese neste tipo de doentes, submeteu a um programa intensivo de exercícios diários, setenta e um deles e em recente press release, anunciou ter conseguido com esse simples procedimento, obter um significativo ganho da sua capacidade funcional e de desempenho na marcha, quer no período pré quer no pós-operatório.

Na informação disponibilizada foi ainda dado a conhecer, não ter havido no entanto melhoria na velocidade da marcha e na descida de escadas, mas em contrapartida e com consistência, houve uma redução no nível da dor para estes doentes, com consequentemente alguma diminuição no tempo de internamento hospitalar e também no número de sessões de recuperação funcional a efectuar no período do pós-operatório.

Os referidos exercícios foram concebidos para serem efectuados no âmbito do domicílio, com o intuito de melhorarem a força muscular e a amplitude das articulações dos membros inferiores, de modo a possibilitarem o treino a subir escadas ou a levantar de uma cadeira.

Comentando o teor do press release, o ortopedista Francisco Santos Silva é claro “ confrontados com esta realidade e tendo em mente o provérbio - quem vai ao mar, previne-se em terra - entendemos desde há vários anos, que é determinante que todos os doentes com significativas limitações funcionais e a operar para a implantação de uma prótese do joelho, façam sempre no seu domicilio e nas duas semanas prévias ao procedimento, um programa de recondicionamento de marcha e de mobilização articular, em associação a treino proprioceptivo e a cinesioterapia respiratória “.


(in www.genulandia.com)