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A embolia pulmonar não é plausível ser uma complicação secundária para a cirurgia artroscópica do joelho

 

22/02/2011

Coimbra, Fevereiro 2011 - A cirurgia artroscópica do joelho é um procedimento terapêutico que se realiza diariamente em todos os hospitais e clínicas do país. 

Enquadra-se como uma cirurgia de agressividade mínima e quase sempre com um envolvimento de cirurgia de ambulatório. Mesmo assim e como procedimento cirúrgico não é isento de complicações secundárias.

Uma das complicações per e pós-operatórias mais graves da cirurgia ortopédica é a embolia pulmonar.
A sua prevenção em qualquer tipo de cirurgia está pois sempre presente na prática do cirurgião.
Contudo há doentes que apresentam níveis mais elevados de risco para esta complicação, do que outros.

Para avaliar a incidência da embolia pulmonar sintomática na cirurgia artroscópica do joelho em ambulatório, um grupo de ortopedistas de um centro cirúrgico de Tel Aviv, em Israel, recorreu à informação recolhida de 418.323 artroscopias e disponibilizada pelo departamento dos serviços de saúde do estado de Nova Iorque. 

Da análise desta informação foi concluído que em cada 10.000 das cirurgias artroscópicas efectuadas, se diagnosticaram no período dos 90 dias consecutivos à efectivação das mesmas, apenas 2,8 embolias pulmonares sintomáticas, o que no contexto geral das cirurgias avaliadas, implicou uma percentagem de 0.028.

Da avaliação em questão também se concluiu que os principais factores de risco subjacentes às situações de embolia foram: a idade, o sexo feminino, o tempo cirúrgico, a complexidade da cirurgia, o tipo de anestesia, algumas cormobilidades.

No final desta avaliação, os seus autores atribuem à embolia pulmonar uma incidência muito baixa, ou seja uma complicação muito rara, na sua associação com a cirurgia artroscópica do joelho.

“Trata-se efectivamente de uma patologia de muito rara ocorrência, mas a necessitar sempre de vigilância e até de tromboprofilaxia nos doentes que apresentam envolvimento com os mencionados factores de risco “ comenta Francisco Santos Silva, um dos pioneiros da cirurgia artroscópica em Portugal.

 (Hetsroni I. J. Bone Joint Surgery. 2011. doi:10.1302/0301-620X.93B1.25498)

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