Genulândia - "Vivam os Joelhos"
 Página Principal > Magazine > A prevenção e a monitorização da osteoporose tem que se reger por normas bem claras
A prevenção e a monitorização da osteoporose tem que se reger por normas bem claras

 

09/02/2011
osteoporose

Para reverter a morbilidade da osteoporose é determinante investir bastante na prevenção, pelo que a observância de normas de conduta que proporcionem níveis elevados de avaliação à população deste grupo etário, é importantíssimo. (Francisco Santos Silva, Dr.)

Coimbra, Fevereiro 2011 – Na sociedade portuguesa o número de cidadãos de ambos os sexos com osteoporose, está a aumentar consideravelmente e bem assim consequentemente o numero de fracturas relacionadas com a mesma. Por cada indivíduo diagnosticado com osteoporose, estima-se que haja mais três que apresentem uma perda silenciosa da sua massa óssea com significado e assim em risco de evolução para a osteoporose. Cerca de 80% destes indivíduos são do sexo feminino.

Para prevenir, rastrear, diagnosticar e adequadamente tratar a osteoporose, a OsteoClinic, uma unidade monográfica de diagnóstico e tratamento da osteoporose em Coimbra, numa recente actualização das suas normas de actuação para este tipo de patologia, recomenda que nas mulheres com mais de 65 anos, bem como nas mulheres mais novas mas com risco elevado de fractura, se faça uma avaliação da sua qualidade óssea com adequada frequência, de modo a se lograr ultrapassar o facto bem conhecido, de que no momento presente só se tem um diagnóstico feito num 1/3 dessas mulheres e de que só 1/7 delas, efectua um protocolo terapêutico consistente.

Esta avaliação deverá ser centrada na informação disponibilizada pela densitometria óssea e tendo em conta os parâmetros indicados pela OMS a nível da coluna lombar, do colo do fémur ou da anca.

Mas para além disso e para determinar o limiar de risco elevado de fractura, propõe aquela unidade monográfica que se utilize na avaliação de cada indivíduo, o programa informático designado por FRAX®, disponibilizado na internet pela Organização Mundial de Saúde, que entre outros factores de risco identifica o tabagismo, o passado próprio e familiar de fracturas, o consumo de álcool, a densidade óssea, a idade, o uso de cortisona, etc. como muito relevantes.

Na sequência da actualização das suas normas de procedimento, os responsáveis da unidade enfatizam “ após o estabelecimento de um diagnóstico de osteoporose e desde que o doente se encontre a desenvolver um adequado protocolo terapêutico, é recomendado que o controlo da densidade óssea com a densitometria, se leve a efeito uma vez por ano. No entanto logo que o processo esteja estabilizado e o doente se mantenha integrado regularmente no programa terapêutico instituído, deverá passar a efectuar a densitometria de controlo uma vez de dois em dois anos, ou até mesmo por período mais dilatado “. A definição deste aspecto é tão importante em termos clínicos e epidemiológicos, como também em termos socio-económicos. 

 OsteoClinic . Suplemento de Fevereiro