A necessidade de tratamento da osteoporose na perspectiva da prevenção das fracturas, não é ainda bem entendida e aceite pelos doentes
03/02/2011 Coimbra. Fevereiro 2011 - Foram recentemente publicados os resultados de um estudo multinacional levado a efeito em 13 países, sob a égide da Fundação Internacional para a Osteoporose, que mostram claramente haver uma apreciável disparidade entre a noção que têm os médicos a propósito do impacto emocional e físico da osteoporose e da sua orientação terapêutica e a que têm os doentes.
Como principais conclusões deste trabalho epidemiológico, é de salientar os seguintes factos:
1. Os doentes não estão tão bem esclarecidos como julgam estar! 2. Os doentes têm obvio receio das fracturas e preocupação a propósito da sua qualidade de vida, mas nem sempre aderem ao tratamento. 3. Os médicos consistentemente subestimam a adesão dos seus doentes ao tratamento. 4. Os médicos subestimam as preocupações dos seus doentes no que diz respeito às fracturas, ao impacto da osteoporose na sua qualidade de vida e ao medo de se tornarem dependentes. 5. Os médicos não mostram grande disponibilidade para promoverem quaisquer iniciativas que melhorem a adesão dos doentes ao tratamento.
A inadequada aderência ao tratamento da osteoporose foi repetidamente atribuída ao facto do doente subestimar o seu nível de risco pessoal, à incerteza dos benefícios e aos riscos do tratamento, aos efeitos secundários do mesmo e à crença na eficácia das atitudes e medidas tomadas pelo seu estilo de vida.
Concluiu-se ainda, que os doentes entendem que a informação mais credível sobre a osteoporose é disponibilizada em exclusivo só por especialistas e para além disso que os médicos entendem, que só as organizações dedicadas á osteoporose têm a capacidade de disponibilizar a informação mais credível.
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