Francisco Santos Silva sugere que a marcha e os exercícios se levem a efeito numa piscina, de modo a reduzir-se a carga e como forma de introdução progressiva a um programa mais agressivo.

Coimbra, Dezembro 2010 - A actividade física efectuada de modo regular, é determinante para o diabético, pois que e desde há já muitos anos, está provado que diminui substancialmente o risco da mortalidade, bem como da doença cardiovascular nestes indivíduos.

 Também é há muito conhecido, que o diabético é bastante mais sedentário do que o indivíduo normal e particularmente o diabético com neuropatia periférica.

A neuropatia diabética periférica, pode dar origem a nível dos pés dos diabéticos a lesões tróficas úlcerativas e em situações estremas até a lesões irreversíveis nos tecidos, justificando amputações subsequentes.

O conhecimento desta realidade levou ao desenvolvimento de um estudo na Universidade do Missouri, EUA, liderado por Joseph LeMaster, que avaliou durante um ano os efeitos da marcha, bem como de um programa de exercícios físicos para os membros inferiores, em diabéticos com úlceras tróficas dos pés, para apurar da eventual vantagem deste género de procedimentos, neste tipo de situações clínicas.

Dos dados obtidos e divulgados recentemente, os investigadores concluíram que a prática regular de um programa de exercícios com carga para os membros inferiores ou de marcha, desde que praticados com calçado adequado e devidamente supervisionados por um profissional de saúde, reduzem o risco de desenvolvimento de lesões tróficas e de ulcerações nos diabéticos, especialmente naqueles com neuropatia diabética periférica.

Do exposto, Francisco Santos Silva aproveita para lembrar que até ao momento, o recomendado é precisamente o contrário, pelo que sugere que se efectue uma cuidada avaliação e selecção de cada situação e propõem ainda e sempre que possível, que a marcha e os exercícios se levem a efeito em piscina de modo a reduzir-se a carga, como uma forma de introdução progressiva a um programa mais agressivo.