Francisco Santos Silva, entende ser o rastreio regular e o consequente tratamento da hiponatrémia no idoso, uma importante estratégia para a prevenção das fracturas.

Coimbra, Dezembro 2010 – Um baixo nível sanguíneo de sódio, uma situação clínica designada por hiponatrémia, parece provocar uma taxa mais elevada de quedas, bem como de fracturas nos idosos.

Esta é a conclusão de um estudo desenvolvido durante 6 anos consecutivos, envolvendo 5.200 holandeses com mais de 55 anos e levado a efeito por investigadores do Centro Médico Erasmus, em Roterdão.

Neste grupo em que 8% dos indivíduos apresentavam uma hiponatrémia, tendo como causa o uso regular e continuado de diuréticos, apurou-se uma taxa de quedas a envolver 24% deles, em contraste com uma taxa de 16% apurada nos indivíduos com valores normais de sódio no sangue.

No mesmo grupo de indivíduos, a taxa de risco apurada para a ocorrência de fracturas da coluna vertebral, foi 61 vezes mais elevada e a taxa de risco para os restantes tipos de fracturas, foi 39 vezes mais elevada, do que nos idosos com níveis adequados de sódio no sangue.

Os investigadores concluíram ainda que a hiponatrémia, não se identificou como um risco acrescido para a osteoporose subjacente nos indivíduos com fracturas.

Este será o primeiro estudo com consistência, a mostrar que mesmo as mais discretas baixas no sódio sanguíneo, podem ter complicações com significado na população em geral. No entanto e ainda assim, há necessidade de se investigar melhor a relação da hiponatrémia com o risco acrescido de fractura.

Perante os significativos valores expressos neste estudo, Francisco Santos Silva, director clínico do Diartro, entende ser o rastreio regular e o consequente tratamento da hiponatrémia no idoso que toma diuréticos, uma importante estratégia para a prevenção das fracturas neste grupo etário. Aproveita para lembrar que esse desiderato deverá ter no Médico de Família o seu executor privilegiado.