Francisco Santos Silva, entende que há necessidade de se investir bastante na prevenção, criando normas de conduta que proporcionem níveis elevados de segurança à população deste grupo etário.

Coimbra, 28 de Novembro - Na maior avaliação conhecida até hoje e levada a efeito nos EUA, durante um período de cinco anos, a 57.302 indivíduos que sofreram uma banal queda no chão, investigadores da Universidade de Rochester chegaram à conclusão de que 4.5% dos mesmos e com mais de 70 anos, faleceram na sequência do acidente em questão, em contraste com uma taxa de falecimento de 1.5% encontrada nos indivíduos com idades inferiores. De modo global a taxa de mortalidade nessa população avaliada, foi de 3.2%.

Nesta avaliação também se concluiu que os indivíduos com mais de 70 anos e que tiveram necessidade de se manter hospitalizados, o seu período de internamento em termos médios, foi substancialmente superior ao dos mais jovens. Para além deste aspecto e em termos de capacidade funcional, apenas 22% daqueles conseguiram manter-se completamente independentes após a alta, em comparação com 41% dos mais jovens.

Apurou-se ainda que foram as patologias pré-existentes, como as doenças cardíacas, que estiveram na base da maior vulnerabilidade dos indivíduos mais idosos.

Face aos resultados apurados, os investigadores em comentário final, reforçam a ideia de que as quedas banais não devem ser subestimadas nos indivíduos idosos e em particular naqueles com mais de setenta anos.

Francisco Santos Silva, cirurgião ortopédico, a propósito deste comentário final, é peremptório “ em Portugal apesar de não dispormos de informação precisa sobre esta matéria, creio que com grande probabilidade poderemos ter taxas um pouco mais elevadas, pelo que há necessidade de se investir bastante na prevenção, criando um formulário educacional com normas de conduta, que proporcionem níveis elevados de segurança passiva e activa à população desse grupo etário, já que uma morbilidade de 78% é elevadíssima para qualquer sociedade, em particular a nossa que tem um desvio etário inclinado para a direita”.