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2010 Bienial Meeting da Magellan Society em Newport, EUA

 

19/07/2010
Logo da Magellan Society

De 12 a 14 de Julho pp, o Dr. Francisco Santos Silva, ortopedista de Coimbra, esteve presente na reunião bienal da Magellan Society em Newport EUA, onde teve a oportunidade de avaliar e discutir alguns dos avanços mais recentes para o tratamento médico e cirúrgico da artrose e na sequência disse-nos:

No que diz respeito ao tratamento médico da artrose, a utilização de injecções intra-articulares de ácido hialurónico, nas fases iniciais da artrose do joelho, continua a apresentar-se como um método com uma eficácia praticamente equivalente à da utilização dos factores de crescimento plaquetares, que ultimamente têm vindo a ser muito utilizados também no nosso país. 

Em termos de inovação e a esse propósito, Elisabeth Kon, num estudo multicêntrico ainda em fase experimental e realizado em Itália e nos EUA, com três grupos de 50 doentes cada e com artrose do joelho, levado a efeito durante um período de 12 meses, apresentou resultados preliminares que mostram não haver uma diferença muito significativa, da melhoria da sintomatologia clinica e funcional, após a administração intra-articular de três injecções de factores de crescimento plaquetares, em comparação com a administração intra-articular de três injecções de acido hialurónico.
Como este estudo no entanto não foi ainda concluído e tendo em consideração o actual custo exorbitante do protocolo da utilização dos factores de crescimento, somos a considerar o ácido hialurónico como o complemento terapêutico mais fiável e económico até ao momento.

Quanto ao tratamento cirúrgico da artrose, a inovação recaiu na apresentação pelo ortopedista belga, F. Almqvist de uma técnica de reparação autóloga da cartilagem designada por CAIS (Cartilage Autologous Implantation System).

Esta técnica foi utilizada num grupo de doentes, distribuídos por seis centros cirúrgicos sediados na Bélgica, nos EUA, na Inglaterra, na Áustria, na Alemanha e na Suécia, com a respectiva monitorização durante um período de 2 anos e comparada com a de um outro grupo de doentes em que foi utilizada uma técnica já bem estabelecida e designada por microfractura.

Os dados recolhidos permitiram entretanto concluir por uma melhoria clínica e funcional de todos os doentes, mas com alguma ainda reservada consistência, em relação aos obtidos com a espongialização/microfractura, técnica que há largos anos praticamos na nossa actividade diária de cirurgia de reparação da cartilagem articular.

Concluindo, afirmou “ cremos que e para beneficio dos nossos doentes, nos próximos dois anos ainda teremos que aguardar pelos resultados de outros protocolos em curso nestas duas áreas”.

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