Coimbra, 20 de Novembro – A duração do programa de recuperação funcional, desenvolvido na sequência de uma implantação de prótese do joelho, pode influenciar definitivamente o ganho da função do doente.

A artroplastia do joelho, ou seja a implantação de uma prótese, é um procedimento de frequente efectivação em joelhos com severas alterações da sua morfologia e da sua mobilidade provocadas por uma artrose agressiva, com o intuito não só de alivio a dor, mas e principalmente, de ganho da função articular e da mobilidade e independência do doente.

Investigadores da “Arcadia University” e da “University of Massachusetts Medical School”, nos EUA, levaram a efeito um estudo em 179 doentes com artrose severa do joelho, que foram submetidos a uma artroplastia total do joelho, depois de 2008, com a intenção de apreciar o ganho funcional, consoante a duração dos períodos e métodos de reabilitação após a cirurgia, assim como em relação com o do período pré-operatório.

Numa primeira avaliação concluíram haver uma enorme discrepância na duração dos tempos de recuperação funcional que cada doente recebeu após a cirurgia.

Numa segunda análise os investigadores concluíram que 30% dos doentes efectuaram em média oito semanas de recuperação funcional e que 40%, levaram o seu programa até às nove semanas. Nestes dois grupos (70% dos operados) o ganho funcional conseguido, ficou bastante abaixo do existente no período de pré cirurgia.

Face ao exposto, a Drª Carol Oatis a responsável pela investigação, sugere que os períodos de recuperação funcional para este tipo de cirurgia devem ser bastante mais dilatados, de modo a ser conseguido pelo menos um desempenho funcional idêntico ao do pré-operatório.