Os doentes obesos operados para implantação de uma prótese do joelho têm um risco muito elevado de complicações
19/10/2012
Coimbra, 19 Outubro – Um doente obeso quando submetido a uma artroplastia total do joelho, apresenta um risco muito maior para desenvolver complicações no pós-operatório, em comparação com o de um doente com um peso normal.
Esta é uma recente conclusão de um estudo levado a efeito por investigadores da Universidade de Amesterdão na Holanda.
O responsável por esta investigação, Dr. Gino Kerkhoffs, concluiu que a infecção articular, quer seja superficial ou profunda, apresenta nos obesos uma incidência dupla, em relação à dos doentes com peso normal.
Do mesmo modo e a médio-longo prazo, um doente obeso apresenta uma taxa dupla de necessidade para vir a efectuar uma revisão da sua prótese primária.
Este investigador crê que esta taxa tão elevada de complicações possa estar relacionada com aspectos técnicos, decorrentes do facto de no obeso a implantação de uma prótese ser mais complexa, mesmo para um cirurgião experiente.
Com base nestes dados, entende que a artrose sintomática no obeso deva ser sempre que possível, orientada por protocolos terapêuticos alternativos, que não imediatamente com uma prótese. E no caso de a artroplastia ser a solução final, promover-se antecipadamente um programa de emagrecimento efectivo.
Francisco Santos Silva, director clínico do Diartro, partilha desta mesma opinião e acrescenta que um doente com um valor de índice de massa corporal superior a 30, não deve ser submetido a este tipo de cirurgia.
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