Coimbra, 26 Junho – Uma investigação recentemente dada a conhecer vem mostrar que os doentes que necessitam de ser submetidos a uma intervenção cirúrgica para tratamento de uma fractura da anca, apresentam muito menos complicações gerais, quando utilizada uma anestesia loco-regional em vez de uma anestesia geral.

Especialistas da Universidade da Pensilvânia, efectuaram um estudo em 18.000 doentes que foram submetidos a tratamento cirúrgico de fractura da anca nos anos de 2007 e 2008, para avaliar as complicações gerais apresentadas por este tipo de doentes, nomeadamente a nível pulmonar e cardiovascular.

Desta avaliação ficou-se a saber que a mortalidade nos doentes em que foi utilizada a anestesia loco-regional, apresentava uma redução de 29%, logo uma taxa com bastante significado.

Para além disso estes doentes apresentaram também uma redução de 24% nas complicações a nível pulmonar enquanto internados no hospital, logo uma taxa também com significado.

Uma outra conclusão conseguida neste estudo, vem dar nota de que um em cada cinco destes doentes operados, independentemente do tipo de anestesia utilizada, não sobreviveu para além do primeiro ano de pós-operatório.

Perante estes factos, os autores entendem haver uma necessidade urgente de se criar normas no sentido de, quer os cirurgiões e anestesistas, quer os doentes, poderem tomar as decisões mais adequadas para  cada situação, mesmo porque as implicações na prática clínica são enormes, assim como social e economicamente.