Coimbra, 05 Junho – Cientistas da NASA crêem ser possível detectar os estados muito iniciais da osteoporose, mediante análise do cálcio na urina dos indivíduos.

Joseph Skulan, professor da Universidade do estado do Arizona, responsável pela investigação em questão, relembrou recentemente “o osso está em constante remodelação, através de um processo de destruição e de formação” e “nos indivíduos saudáveis e activos há um perfeito equilíbrio entre estas duas actividades”. “Se uma qualquer situação de doença altera esse equilíbrio então apresenta-se uma mudança nas taxas de cálcio isotópico”.

Até ao presente a utilização do Rx no diagnóstico da osteoporose é a técnica mais usada, mas só quando já se apresenta uma perda com algum significado da massa óssea é que é possível ter um diagnóstico. Esta técnica agora apresentada, no entanto e segundo os seus mentores, é muito mais sensível na detecção da perda de massa óssea.

Segundo este investigador, a técnica em causa fundamenta-se na análise de alterações nos isótopos do cálcio (são átomos do mesmo elemento mas com massa diferente) podendo assim serem utilizadas para detectar compromissos muito subtis na massa óssea dos indivíduos.
Para além disso a referida análise isotópica, tem ainda a enorme vantagem de não expor os indivíduos a radiação, como acontece quando se utiliza o Rx.

Finalmente como esta experimentação está ainda numa fase precoce, avisam ser necessário aguardar-se mais algum tempo, até a técnica poder ser usada correntemente na clínica.

Em comentário a esta investigação, Francisco Santos Silva, director clínico do Diartro, vaticina ser de enorme utilidade se for possível a sua aplicação estandardizada na clínica do dia a dia.