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O tratamento das fracturas osteoporóticas na Comunidade Europeia tem custos elevadíssimos

 

03/04/2012
fracturas  e osteoporose

Coimbra, 03 Abril – Um estudo apresentado muito recentemente no último congresso europeu de osteoporose e artrose, veio dar a conhecer a estimativa dos custos dispendidos com as fracturas osteoporóticas nos 27 países da Comunidade Europeia, no ano de 2010.

Esta estimativa resultou de uma avaliação efectuada, num modelo tipo de população, à incidência fracturaria, aos custos dispendidos com os tratamentos preventivos, aos custos associados ao tratamento inerente das fracturas e à morbilidade e à mortalidade destas.
Nesta avaliação foram também ponderados os custos inerentes a alguns tipos mais comuns de fracturas, como da anca, do punho e da coluna vertebral.

Da avaliação global levada a efeito, o custo total estimado para o conjunto dos países membros, cifrou-se em 39 biliões de euros.

A Alemanha foi o país com os gastos mais elevados, (9.3 biliões), seguida pela Itália com (7.2 biliões) e pela Inglaterra com (5.6 biliões).

Do conjunto das despesas totais, dois biliões foram dispendidos com a medicação preventiva, 26 biliões foram utilizados directamente com o tratamento efectivo das fracturas e 11 biliões destinaram-se a suportar a longo prazo as consequências dessas mesmas fracturas.

Da análise à referida estimativa foi possivel ainda identificar que apenas 5% dos custos totais foram afectos à prevenção e que 55% dos custos, foram gastos com as fracturas da anca.

Perante estes dados os autores do estudo, pela voz do professor John Kanis da Universidade de Sheffield, concluíram que e sabendo-se ser a osteoporose a causa mais frequente das fracturas do cidadão idoso, esta entidade nosológica não tem estado a ser abordada, assim como tratada, do modo mais adequado nos indivíduos de risco, na Comunidade Europeia.