Coimbra, 06 Março – Os doentes que sofrem de fibromialgia, frequentemente apresentam-se com uma perda da sua capacidade cognitiva, parecendo a mesma estar na dependência directa dos seus níveis de dor.

Cientistas da universidade espanhola de Jaen, levaram a efeito um estudo neuropsicológico para avaliarem se o compromisso cognitivo apresentado por estes doentes, estaria relacionado com a intensidade da dor, com o nível de depressão, com a ansiedade, com as perturbações do sono, com a medicação utilizada, com a fadiga ou com a pressão arterial.

O referido estudo pode comprovar que efectivamente todos os doentes apresentavam alterações da sua capacidade cognitiva, mas que quer a depressão, as perturbações do sono, a ansiedade ou a fadiga, não tinham qualquer relação com as mesmas.

Mas que por outro lado, os doentes com níveis mais suaves de dor ou medicados com derivados dos opiáceos, apresentavam situações mais ligeiras de enfraquecimento das suas capacidades cognitivas, do que os doentes com níveis mais intensos de dor ou sem medicação derivada dos opiáceos.

Na conclusão apresentada, os autores deste estudo deixam a afirmação de que os indivíduos que sofrem de fibromialgia apresentam “um enfraquecimento substancial da sua capacidade cognitiva” e que a severidade da dor crónica é crucial para se poder determinar o nível do défice apresentado, em cada um.