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A hidroginástica melhora a recuperação funcional após a aplicação de uma prótese do joelho

 

09/01/2012
hidroginástica

Coimbra, 09 Janeiro – Os doentes que são submetidos a uma artroplastia total do joelho, vulgarmente designada por prótese do joelho, parece beneficiarem bastante do ponto de vista funcional, com o desenvolvimento de protocolo de hidroginástica imediatamente após a intervenção cirúrgica.

A implantação de uma prótese do joelho, tem hoje as suas indicações muito bem definidas, com a sua utilização apenas prevista nos doentes que perderam significativamente a sua capacidade funcional, na sequência das alterações morfológicas graves a que os seus joelhos foram ao longo do tempo alvo, pela agressão progressiva da artrose, quer a nível ósseo e da cartilagem, quer a nível dos tecidos moles.

Os resultados da sua implantação são bastante bons, mas nem todos os doentes conseguem um ganho funcional de qualidade.
Por esse motivo os protocolos de recuperação funcional são diversos e muitos deles inconsistentes nos resultados.

Cientistas de Kiel, Alemanha, levaram recentemente a efeito um estudo multicentrico num grupo de doentes a quem foi implantada uma prótese da anca ou do joelho e enquadrados aos seis dias de pós-operatório, com um programa tri-semanal de hidroginástica, durante 30 minutos e ao longo das 5 semanas seguintes.

Das conclusões obtidas o seu mentor, Dr. Thoralf Liebs afirma que este tipo de abordagem de recuperação, apresentou resultados clinicamente relevantes, quando comparado com outros, nomeadamente com o recurso à hidroginástica apenas depois dos primeiros 14 dias de pós-operatório.

Ainda de acordo com este responsável o procedimento expresso é de fácil implementação e execução, requerendo apenas alguma formação adicional aos profissionais de saúde envolvidos.

Em comentário, Francisco Santos Silva ortopedista de Coimbra, que há anos preconiza e usa a hidroginástica como um complemento fundamental na recuperação funcional das próteses da anca e joelho, afirma que a mesma atitude de recuperação não deve ser levada a efeito em todos os doentes indiscriminadamente, porquanto nem todos conseguem colaborar de modo adequado e consequentemente o procedimento poder dar azo a graves complicações.
Para além disso dado que há também aspectos económicos em causa, facto que não deve ser descurado, não vê o seu uso muito facilitado e desenvolvido no nosso país.