Coimbra, 14 Novembro – Apenas dez por cento dos doentes com artrite reumatóide têm a noção correcta da sua doença, pelo que há uma elevadíssima percentagem de doentes em risco de desenvolverem uma incapacidade e um sofrimento álgico crónico, for falta de um conhecimento adequado sobre a mesma.

É sabido que a artrite reumatóide é uma doença incapacitante de carácter crónico, resultante do facto do sistema imunitário do organismo atacar as suas próprias articulações. Nesta doença alguns dos principais sintomas são, a rigidez articular, que é mais evidente logo no início do dia e a dor que se apresenta quando a articulação afectada é apertada.

Numa muito recente avaliação epidemiológica levada a efeito pela Arthritis Research UK e pela National Rheumatoid Arthritis Society, foi concluído que 59 por cento dos doentes com artrite reumatóide apesar de apresentarem os referidos sintomas, não lhes deu qualquer valorização, tendo-os uns enquadrado no processo normal de envelhecimento (42%) e outros como o resultado decorrente da sua actividade no ginásio ou nas actividades de jardinagem (32%).

A mesma avaliação identificou ainda que uma grande parte dos doentes (58%) não identifica aqueles sintomas e que por isso não recorrem em tempo útil ao médico.

Em comentário a estas conclusões, Ailsa Bosworth doente com artrite reumatóide e directora executiva da National Rheumatoid Arthritis Society, afirma ”eu só tive o diagnóstico feito de artrite reumatóide, 30 anos após o seu início, a minha vida teria sido muito diferente se mo tivessem feito na devida altura “