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Nem todos os doentes beneficiam com a aplicação das próteses de joelho mais avançadas

 

31/10/2011
protese do joelho

Coimbra, 31 Outubro – Os doentes muito idosos com artrose grave dos seus joelhos e candidatos à aplicação de uma prótese, podem não vir a viver por um período tão longo que justifique fazer-se a aplicação de uma prótese de concepção mais recente, de consequente maior durabilidade, mas também bastante mais dispendiosa.

Esta é a posição avançada por um grupo de investigadores da Faculdade de Medicina de Yale, porquanto entende que os recentes avanços no desenho e na fabricação das novas próteses, não proporciona necessariamente os mesmos benefícios a todos os receptores das mesmas.

E justificam esta posição com o facto de que as referidas próteses terem custos elevados de mais para melhorias de um desempenho funcional moderado que a maior parte delas proporciona.

Francisco Santos Silva, em comentário acrescenta “ a aplicação de uma prótese de joelho num doente, nunca pode ser fundamentada exclusivamente no facto do mesmo apresentar dores e as mesmas lhe limitarem a sua independência com menor ou maior significado, por um período mais curto ou mais prolongado. É certo que esta é a mais frequente justificação  que é apresentada no nosso pais, para a implantação de uma prótese do joelho.
No entanto, a decisão de aplicar uma prótese, deve fundamentar-se principalmente na perda severa de mobilidade articular, na perda significativa de alinhamento do membro, na perda com significado da normal morfologia da articulação, num efectivo potencial de marcha, num nível elevado de alegria de viver do doente”.