Coimbra, 08 Outubro – As mulheres que fumam muito, estão bastante mais sujeitas a desenvolverem dores de origem músculo-esquelética com um carácter crónico.

Cientistas da Universidade do Kentucky avaliaram os dados clínicos e os seus comportamentos tabágicos de mais de seis mil mulheres com idades superiores a 18 anos e chegaram à conclusão de que as fumadoras inveteradas ou as que o foram, se apresentavam com quadros de algias crónicas como, fibromialgia, ciática, cervicalgia, lombalgia, muito mais frequentemente do que as não fumadoras.

As fumadoras com um consumo diário elevado, apresentaram um risco 104 vezes mais elevado de dor crónica, do que as não fumadoras. E as fumadoras ocasionais um valor de 68%, em relação às ex-fumadoras com um valor de 20%.

Em conclusão os autores afirmam que há efectivamente uma forte ligação entre o consumo diário elevado de tabaco e a dor crónica de localização músculo-esquelética.

A justificação para esta associação poderá estar no facto das fumadoras, perante as substâncias químicas do tabaco, apresentarem os seus mecanismos protectores mais limitados.

Propõem assim que o tratamento da dor crónica nestas mulheres seja sempre associado a um protocolo concomitante de tratamento para a suspensão do consumo de tabaco.