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O uso prolongado de anti-inflamatórios pode aumentar o risco de cancro renal

 

08/09/2011
ains

Coimbra, 10 de Setembro – As pessoas que fazem um uso prolongado de anti-inflamatórios não esteroides (ains), podem enfrentar um risco acrescido de contrair um tipo particular de cancro no rim.

Esta é uma conclusão de um estudo recentemente divulgado por investigadores da Harvard Medical School, em Boston, USA.

Estes medicamentos (ains) são frequentemente utilizados pelos indivíduos com artrose e normalmente prescritos pelos seus médicos. Alguns são de venda livre.

Este estudo que envolveu 77.525 mulheres e 49.403 homens, com consumos regulares e prolongados de aspirina, paracetamol e ou anti-inflamarórios não esteroides, concluiu que tanto os consumidores de aspirina como os de paracetamol, não apresentaram qualquer associação a um aumento do risco de cancro do rim.

No entanto a análise efectuada, revelou que as pessoas com um consumo regular de anti-inflamatórios não esteroides, apresentaram um risco muito acrescido de desenvolver cancro renal e cifrado em 51% mais.

Este risco aumentado poderá estar associado segundo os investigadores, ao período de tempo de consumo das drogas anti-inflamatórias não esteroides.

Nesse sentido o risco parece estar aumentado quase para o dobro nos indivíduos com uso de medicação anti-inflamatória não esteroide, por um período entre os quatro e os dez anos, em comparação com aqueles com uso apenas durante período inferior a quatro anos.

Mas o risco parece triplicar para os indivíduos com um uso regular e superior a 10 ou mais anos.

Em conclusão, os responsáveis por este estudo prospectivo tão alargado, deixam a certeza de que o consumo regular e bastante prolongado de (ains) está declaradamente associado a um risco muito alto de cancro do rim.

Comentando estes resultados, Francisco Santos Silva, por esta e por outras razões, lembra a necessidade de para alívio da dor da artrose, os doentes e os médicos, deverem recorrer sempre que possível, apenas ao paracetamol e seus derivados, apesar de não serem tão efectivos e só em situações muito particulares recorrerem ao uso de um “ains”.

Aliás esta é uma campanha que há largos anos tem vindo a desenvolver junto dos doentes e dos médicos mais novos durante a sua formação ortopédica.