Coimbra, 06 Agosto – A grande maioria dos doentes com fibromialgia têm a correcta noção de que passam a ser pessoas completamente diferentes após o aparecimento do seu sindroma de dor crónica.

A análise dos dados recolhidos num inquérito levado a efeito pela Associação Americana de Fibromialgia através da internet a 2.559 indivíduos com fibromialgia, revelou que 87% destes afirmaram terem passado a sentirem-se pessoas diferentes e que 92% deles afirmaram que a sua situação clínica passou a afectar significativamente as suas principais decisões de vida, tais como ter ou não ter filhos, mudar de local ou de actividade laboral, ou mesmo manter um relacionamento afectivo ou matrimonial.

Dos indivíduos com filhos com idades inferiores a 18 anos, 95% deles admitiram que a sua situação clínica passou a afectar a sua responsabilidade e deveres parentais, tais como as actividades domésticas e de apoio escolar e cuidado das suas crianças.

A rotina de vida diária passou a altera-se com significado nestes indivíduos, com limitação para por exemplo, confeccionar uma refeição ou pegar numa criança ao colo.

Nas actuais orientações terapêuticas para este tipo de patologia, a terapia cognitiva comportamental disponibilizada ao doente pelo telefone e o desenvolvimento de programas de actividade física à medida do mesmo, são duas das principais propostas com maior efectividade no alívio das dores crónicas destes doentes.