Coimbra, 30 Julho – Com a chegada do tempo quente de Verão, é frequente as pessoas aumentarem substancialmente a sua actividade física ao ar livre, com consequente sobrecarga de várias articulações e obviamente com o aparecimento nessas áreas de algias de vários gradientes.

Na génese destas queixas está com muita frequência uma bursite, que por variadas razões nem sempre é devidamente diagnosticada, mesmo que abordado o doente por um médico.

Assim há necessidade de fazer um alerta ao cidadão dado que a bursite com frequência apresenta-se com aspectos clínicos que se assemelham aos da artrite, da tendinite, das lesões dos ligamentos, da infecção de tecidos moles e consequentemente a comprometerem o seu diagnóstico.

Face ao exposto é determinante que o doente nessas circunstâncias seja avaliado por um especialista, no sentido de haver a melhor possibilidade de determinar o diagnóstico e na sequência a uma adequada terapêutica.

O tratamento vulgar da bursite, dependendo da sua localização e fase evolutiva, pode ser levado a efeito com: crioterapia e paragem de actividade, anti-inflamatório não esteroide, injecção com corticoide, ou mesmo até imobilização da área envolvida temporariamente.
Só em situações excepcionais há necessidade de se recorrer à cirurgia, para se proceder à exérese da bolsa sinovial, sede do compromisso inflamatório desencadeante da sintomatologia (bursite).

Francisco Santos Silva acrescenta ainda, que a bursite em 95% das situações, necessita apenas de um tratamento conservador e que a recorrência é bastante baixa, com quanto se respeitem os aspectos preventivos.